quarta-feira, 18 de maio de 2011

Silêncio

Já faziam alguns minutos que os dois estavam ali parados, era uma troca de olhar bonita de se ver. Era evidente que ela estava perdidamente apaixonada, ele não ficava atrás, mas sempre há aquele que ama mais, esse alguém era ela. Foi quando ele rompeu o silêncio.

- Até quando vamos ficar aqui calados?

Ela abaixou a cabeça e muito decepcionada começou a pensar nas possíveis respostas e consigo tomou a decisão mais difícil.

- Preciso ir. - Disse ela.
- Por que?
- Tenho um compromisso.
- Quando vamos nos ver novamente? Posso te ligar?
- Em breve. Eu te ligo.

Ela levantou e começou a andar em direção a saída. Sabia que não ligaria, sabia que não o veria mais, sabia que por muitas noites ia se arrepender da sua decisão, mas ela tinha certeza naquele momento e continuaria andando.

A verdade é que ela não tinha compromisso nenhum. Na verdade tinha, consigo mesmo. Ninguém sabia, mas a moça gosta do silêncio oportuno, daquele silêncio que não se confunde. Ela tem aversão a quem não entende o seu silêncio, a quem confunde, se o silêncio dela não disse nada, suas palavras seriam inúteis. Ela deixou o amor da sua vida por uma simples aversão a quem não entendo o silêncio, igual como ela fez com o o amor da sua vida do mês passado.

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