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segunda-feira, 12 de março de 2012

Pensamento do dia


 Eu já me perdi demais e não sei como voltar atrás. Envelheci dezesseis anos em algumas poucas semanas e nem notei. É tão triste saber que já não somos os mesmos pelos outras pessoas. É ruim ser cobrado e não saber como reagir, apenas pedir paciência sabendo que no fundo espera nenhuma vai resolver. Muita coisa que ontem era besteira hoje é tema de domingo nostálgico e muitos clichês se tornaram raridade. É muito triste ver sua vida mudando e ter a sensação de estar assistindo tudo da platéia.

Desculpa do abandono: Infelizmente não é um ano fácil em nenhum aspecto. Estou estudando nos três turnos e tentando manter a vida, ou pelo menos os amigos. Muita coisa tá ficando de lado, o blog, infelizmente, é uma delas... Vou tentar dar um pouco mais de atenção pra cá, nem que seja só com pequenos pensamentos. Porque minha vida atualmente é isso, muitos sentimentos presos em pequenos pensamentos que conseguem escapar entre os rabiscos de gráficos e anotações de Biologia.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Pensamento do dia


"Sabe o que é estranho? Dia após dia nada parece mudar, mas quando nos damos conta tudo está completamente diferente." 
  
Calvin

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Simultaneidade



- Eu amo o mundo! Eu detesto o mundo! Eu creio em Deus! Deus é um absurdo! Eu vou me matar! Eu quero viver!



- Você é louco?


- Não, sou poeta.

domingo, 20 de novembro de 2011

O monstro do vestibular!


Hoje pela manhã eu fui fazer a segunda fase do vestibular. Comecei a minha prova com a maior tranqüilidade do mundo, História e Literatura, opa, minhas áreas preferidas. Um pouquinho de matemática, mas nada para ferrar muito. O problema foi quando comecei a fazer minha redação. Deixei minha cabeça ser tomada pela ideia de que tinha que ser a melhor redação do mundo, tinha que ser simplesmente perfeita, pois valia 50% da nota.

Erro fatal.

Rapidamente eu me desesperei. Podia fazer uma redação dissertativa ou uma narrativa com o tema “Preconceito: Uma dura realidade”. Eu já havia feito milhares de redações e narrativas com esse tema, deveria estar confiante, mas eu não estava. Comecei a riscar a folha de rabisco e parecia que nenhuma palavra era digna de estar ali.

Lentamente minha mente foi se acalmando e consequentemente, meu coração. Mas como? Simples. Eu sei   escrever, mesmo que não seja muito, e aquela prova não era o fim do mundo, comecei a imaginar que era só mais uma das minhas folhas de papel e eu só precisava escrever o que se passava dentro do meu coração sobre o tema. E eu sabia que ali tinha coisas dignas de estar naquela folha.

Consegui terminar minha redação e prova em menos de uma hora e meia, e foi quando eu percebi que eu só precisava confiar em mim e que se eu não passar, tudo bem, o simples fato de ter chegado a segunda fase já é uma vitória. 

Ps: Eu realmente terminei minha prova em uma hora e meia, isso era nove e meia da manhã, mas tive que esperar até onze para levar meu caderno de provas, maior tortura do mundo, gente! 

domingo, 13 de novembro de 2011

Defenestrar


Vontade de jogar tudo pela janela. É algo que se olhar pelo segundo sentido da palavra te fará bem. A prova que você não foi bem, jogue. O trabalho, jogue. O que mais vier na sua cabeça. Não literalmente – a não ser que realmente queira – mas às vezes é necessário algo forma de se livrar de tudo isso. Já é sexta-feira e não percebeu o quanto a semana passou rápida? Não percebeu o quanto acumulou? Procrastinar é quase uma masturbação, mas ela tem suas consequências. Aí surge a palavra que quase sempre acompanha procrastinar. Defenestrar.  Faz tão bem.
Acostume-se a defenestrar algumas coisas, mas passe por uma peneira antes, o que for jogado ao vento pode nunca mais voltar. Algumas pessoas costumam se por de baixo de janelas a procura de algo que as interesse. Cuidado então quando for extravasar.
Ah, e no sentido literal da palavra, de acordo com dicionário Aurélio, defenestrar pode ser o ato de jogar pessoas de janelas com intenção de matá-las. Se for fazer, não fui eu que disse. Se for ao sentido figurado da palavra, tudo bem. Algumas pessoas são verdadeiros problemas. Depois elas ainda procuram por eles. 

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Princesas imperfeitas


Às vezes nós nos colocamos demasiadas regras para sermos pessoas perfeitas. Não apenas na aparência, mas na maneira de agir. Impomos várias coisas para que possamos nos adequar aos padrões que a sociedade impõe.

Colocamos na nossa cabeça, ou colocam, que devemos ter aquele ar de mistério para atrair as pessoas, mas ao mesmo tempo não ser misteriosa demais senão cansa. Temos que rir para todos, até mesmo quando tristes. E andar perfeitamente, como se tivesse um livro na cabeça. Porque se é curiosa demais vai acabar se metendo onde não deve. Se fala com todos é fácil. Nossa! Aquela ali é uma atrapalhada, nem chega perto dela.

Agora eu lhe pergunto, durante sua infância qual era o seu modelo da mídia? As princesas, não é? A maioria de nós cresceu lendo, ouvindo ou assistindo aqueles contos da Disney onde as princesas sempre arranjavam o seu príncipe, venciam o mal e viviam felizes para sempre. Ora, elas eram bonitas, mas não perfeitas.

A Cinderela era uma atrapalhada de carteirinha! Não se deu conta de que já era meia-noite, teve que sair correndo para não perder o encanto na frente de todos e ainda deixou o seu sapatinho de cristal cair. A Rapunzel falava demais, nossa! Senão fosse aquela mania de falar tanto a bruxa má não ia descobrir que o príncipe também estava subindo pelas tranças da menina, muito menos ia fazer amizade e se apaixonar por um desconhecido. E a Branca de neve? Ô menina curiosa! Não agüentou e teve que aceitar a maça da velhinha, e o pior, ainda escolheu a mais diferente!

Minha Vó já dizia “Há males que vem para o bem...” e a tia Clarice Lispector também disse outra coisa muito importante “Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro”. Cada defeito, ou melhor dizendo, característica, das princesas fizeram elas serem especiais. Deixando seu sapatinho cair, o príncipe pode procurar pela sua amada. Senão fosse a mania da Rapunzel de falar demais, o príncipe jamais teria ouvido-a cantar e saberia que ali naquela torre vivia alguém. A curiosidade da Branca de neve fez ela adormecer, ganhar o beijo do seu príncipe e acordar novamente. E todas elas viveram felizes para sempre.

Todos os males que passaram por causa das suas características as levaram para o seu felizes para sempre, assim como os nossos também podem nos levar para o nosso. Muito provavelmente você não vai se casar e morar em um castelo, mas vai ser feliz se estiver do lado de quem se ama e se souber aproveitar as coisas, afinal em nenhum conto de fadas diz o que aconteceu depois do felizes para sempre, vai que a princesa e o príncipe tiveram algumas brigas, tiveram que rachar as contas, mas a história deixa bem claro que foram felizes para sempre.

Ps.: E vale lembrar que os príncipes também não eram perfeitos, eram curiosos, atrapalhados e aprontavam algumas.

sábado, 5 de novembro de 2011

Things changed

Por muito tempo quando via o pôr-do-sol ou a primeira estrela surgir, eu fazia milhares de pedidos, desejava ter aquele menino bobo ao meu lado, desejava ganhar um presente legal, desejava  ter dinheiro para fazer aquele cosplay, isso foi por muito tempo, mas não há muito tempo atrás.  As pessoas mudam, isso é um fato comprovado e certificado. Por isso, eu mudei também, talvez nem todos notem as mudanças, mas ninguém precisa notar para que eu tenha mudado, porque a única pessoa que realmente precisa se sentir diferente e mais segura quando se olha no espelho, sou eu mesma. Porque agora quando eu sussurro “Que seja doce” ao ver o pôr-do-sol, eu sou a única que pode me ouvir.

domingo, 25 de setembro de 2011

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Vem, primavera!


Dizem que quando nosso aniversário se aproxima é comum as pessoas ficarem mais pensativas e um pouco tristes quando pensam em todos os anos que já se passaram. Eu tenho certeza de que sou diferente, não fico um pouco pensativo, dedico meu todo a me criticar e entro praticamente em depressão. Por isso, parei hoje para desabafar em palavras tudo o que se passa.
Lá se vão dezesseis anos e sonhos que eu ainda não realizei. Mudar o mundo, meu grupo de artes, o Utopia Estudantil, amigos, um amor e ser feliz. Nossa, são coisas que eu sempre quis e elas foram se ramificando com o tempo. Nunca tirei da minha cabeça a idéia de mudar o mundo, nem vou, mas já mudei um. O meu. E preciso confessar, foi uma das melhores coisas que já fiz na minha vida, larguei aquele pessimismo nojento. Não, não virei otimista, mas pelo menos aprendi a ter mais confiança nas coisas.  Olha só, quem vai amanhã pra reunião do Verbalize-se? Pois é, é meu grupo de Artes surgindo. O Utopia foi uma das melhores realizações do meu ano, os amigos surgiram com ele, alguns longe, mas dentro do coração. Sou feliz. E o amor? Deixa ele pra lá.
Eu sempre quis uma daquelas casas de bonecas das grandes, sabe? Que a gente pode praticamente entrar dentro e brincar com as bonecas. Sempre quis manter um diário. Hoje em dia, eu tenho condições de ter minha casa de bonecas do tamanho que for, mas já não é algo tão desejoso. E o diário é um plano largado por falta de tempo. Não tenho tido tempo desde que as pessoas começaram a dizer que eu cresci, eu acho que com o tempo passei a acreditar nisso, sabe...
Eu escrevo isso aqui em quanto o sol vai embora, levando consigo mais um dia que eu tenho certeza que poderia ter feito mais. Eu queria ter pagado um mico daqueles chorando na frente de todo mundo hoje, porque deu vontade de chorar, mas eu segurei. Já se foram dezesseis anos de por-de-sois que eu penso: “Poderia ter feito mais. Muito mais.”
E nesses dezesseis anos de vida? O que mais eu poderia ter feito? Poderia ter me esforçado e ficado rica, não podia? Mas não é isso que me interessa, dinheiro nunca me interessou. Que bem a mais eu poderia ter feito? Poxa, aquele cego tava precisando de ajuda para atravessar a rua, mas a Lei Escoteira diz que é necessária uma boa ação e por preguiça vou levar ao pé da letra.
Eu tenho medo. Muito. Medo que eu continue completando anos com a incerteza do bem que fiz e das verdades que construi. Mas faltando apenas um dia para o meu querido aniversário, eu desejo que isso mude. Meu aniversário é dia vinte e três, trás consigo a primavera em alguns países, que traga também no meu coração.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Desabafo: Cadê os jovens de valores?

Eu me sinto mal todas as vezes que a palavra injustiça sai do dicionário e é colocada em ação pelo ser humano, logo, deduz-se, que me sinto mal muitas vezes. Eu realmente não gosto de injustiça, mas gosto muito menos de gente que aceita a injustiça. Que se conforma, que se acomoda. Pra ser sincera, não gosto nenhum pouco de gente assim.

O sangue corre muito quente pelas as minhas veias e não consigo ficar parada enquanto a situação está complicada, não consigo ficar calada enquanto os corruptos, injustos, que maltratam animais, falam. É, é uma coisa minha e não consigo mudar. Na verdade, nem pretendo mudar isso.

Já fui a única a vaiar uma pessoa que se diz Presidente de uma Entidade “Estudantil”. Sou chata, e não gosto de funk, mas isso não influenciou minhas vaias quando ele foi distribuir convite para uma festa do tipo. “Coitadinho dele!” Foi o que minha colega de turma disse quando eu vaiei e me recusei a aceitar o convite. Coitadinho dele? E como ficam os estudantes que tem pessoas assim como representantes? E como fica o prédio estudantil que está jogado, abandonado? Como que fica esse preço absurdo da passagem? 

Uma coisa é você ser um acomodado na sua casa, outra bem diferente é você ser um acomodado que leva vários jovens com você. Uma coisa é você ser um acomodado que não limpa seu quarto, outra muitíssimo diferente é você se responsabilizar a cuidar de um bem estudantil e abandoná-lo.

Ah, mas isso é trabalho pro Governador. Ele que reforma e não reforma. Mas, oi? E quem que deve correr atrás disso? As coisas só são feitas quando corremos atrás.

É preciso mais jovens que estejam dispostos a correr atrás de seus sonhos, correr atrás dos seus direitos e fazer valê-los! As pessoas dizem que é utópico demais da minha parte, eu sei que talvez eu não mude o mundo, eu sei que talvez dez anos após minha morte, ninguém mais se lembre de mim. Mas não é por isso que vou ficar parada. Não vou mudar o mundo, mas fazendo minha parte, já sairemos de onde estamos. E cá entre nós, qualquer situação, é melhor do que essa.

Quem me conhece, sabe, quem não conhece, fica sabendo, sou muita chata com essas questões e ultimamente tenho ficado muito chateada. Vejo meus amigos desistindo de lutar, vejo os estudantes nem aí para seus direitos. Me sinto uma voz sozinha gritando.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Quase mulher maravilha

Era uma vez uma quase mulher maravilha. Ela vestia uma armadura e todos acreditavam que ela era a mais forte e feliz de todas as pessoas, servia de exemplos para todos, quando alguém estava mal era a ela que recorria, sempre lhe diziam coisas do tipo "Você é perfeita e a mais forte. Admiro-te!". E com o passar do tempo ela também acreditou nisso.

Um dia nublado ao passar por um alguém ela sentiu frio, borboletas no estômago e uma sensação estranha indescritível. Ela estava apaixonada. Pobre menina! Não podia correr atrás de ninguém para pedir ajuda tudo isso por orgulho. Não podia deixar aparecer uma imagem fraca aos olhos dos amigos, não podia ser quem mais precisava. Ninguém notou. Ninguém notou até que precisaram, aquela velha loba conselheira não estava mais ali, ela havia dado lugar a uma menina frágil e apaixonada. Passou a dar outros conselhos, passou a parecer fraca. Só estava apaixonada.

Andava de cabeça baixa como se fosse culpada de um crime. Procurava respostas, mas não encontrava. Procurava meios de sair, mas não achava nenhum atalho. Procurava amigos, mas já não tinha tantos, somente alguns que lhe davam conselhos que ela mesma já havia cansado de se dar em frente ao espelho. Coitada da menina!

O pior nisso tudo é quando vemos a pessoa amada todo santo dia. Maldita escola! Andava pelos corredores  e sentia seu coração se quebrar ao se aproximar da sala proibida.

Um dia ela resolveu por fim a tudo isso. Não, não ela não pensou em se suicidar. Como sempre foi chamada de Mulher maravilha achou que talvez, só talvez, pudesse sair voando e ir para bem longe, onde não havia escuridão, pensou em raptá-lo talvez, não daria certo. Preferia que ele fosse por conta própria.

Resolveu que iria sozinha. Não, ela não saiu voando e encontrou um lugar maravilhoso onde nunca havia escuridão ou talvez tenha encontrado. Ela procurou dentro de si mesma a força e disse a aquele menino as palavras proibidas.

- Eu te amo! Amo como nunca amei ninguém.

Em seguida ele pronunciou as palavras que ela jamais queria ouvir. Ele disse que não. De tudo pior que ele podia dizer, não era o pior.

Ela procurou mais ainda e achou a única pessoa que podia lhe fazer feliz. Ela mesma!

E ela foi feliz para sempre!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

(Es)Colher

As escolhas estão sempre presentes em nossas vidas, algumas são fáceis e outras nem tanto. Por nem todas serem fáceis, nós tentamos desviar, dobrar a esquina, fugir dessas escolhas, porque o medo de errar é sempre grande. Existem aquelas escolhas que é só dizer sim ou não. Você quer beber? Quer fumar? Quer ficar comigo? Quer ir para a festa? Agora, existem escolhas que por mais que queiramos transformá-las em algo simples, não dá.

Ultimamente tenho batido bastante cabeça com escolhas à respeito do meu futuro. Principalmente no que diz quesito a faculdade. Ok, deveria ser uma escolha fácil. Simplesmente escolher algo que me agrade e pronto. Mas não é bem assim, e isso não é só comigo. Quando pensamos que devemos escolher algo que vamos levar para toda nossa vida, fica bem mais difícil escolher, não é? Porque muitas vezes temos uma cabeça confusa que tem dificuldades em tomar decisões, dificuldades em escolher. Isso muitas vezes ocorre porque queremos abraçar o mundo, queremos de tudo um pouco, não queremos deixar coisas para trás. Mas isso é inevitável, toda vez que escolhemos algo, automaticamente, estamos abdicando outra coisa. Porém, não é fácil compreender isso.

Cada escolha que fazemos nos leva por um caminho diferente. Cada coisa que plantamos com as nossas escolhas dá um fruto. Se pensarmos assim, talvez fique um pouco mais fácil de levar toda essa coisa de escolher. Há escolhas que fazemos hoje e que nos dão frutos amanhã, mas também há escolhas que fazemos hoje e talvez só nos dêem frutos daqui a algum longo tempo. E sempre há a possibilidade de dar algo errado. Há a possibilidade de vermos que tanto trabalho escolhendo, não deu boa colheita.

Minha mãe sempre me aconselhou a fazer escolhas a longo prazo, como um investimento. Pode demorar, mas muitas vezes é a melhor escolha. É a garantia de um futuro melhor, garantia de uma vida melhor, de uma felicidade maior. Porque às vezes fazemos escolhas a curto prazo e elas só nos dão felicidade efêmeras. E geralmente, quando felicidades efêmeras passam, o arrependimento e a tristeza depois podem ser piores. Então, repasso a vocês o ensinamento clichê da minha mãe, escolhas a longo prazo. Escolha, cultive e colha.

Ah, e se algo der errado, se você não tiver uma boa colheita, recomece. Escolha outro caminho e faça um novo fim. Afinal, que bom fazendeiro nunca teve pelo menos uma colheita ruim?


"Este texto faz parte da tag "De Quinze em quinze" do blog Depois dos quinze"

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Incertezas

Não me pergunte o que quero ser na vida, não saberei responder. Houve dias que acordei tão professora de História, abri o livro na primeira página e pus-me a ler, li quase cem páginas. No outro dia já não suportava mais falar de Rei nenhum ou porque Hitler perseguiu Judeus. Houve dias que acordei tão conselheira, coloquei na cabeça que psicologia seria a melhor solução, oras, talvez assim eu entendesse algo. Houve dias que quis cursar Artes, Jornalismo, Sociologia e houve dias como hoje, que não sei mais responder nada.

Mas entre todos esses meus dias, eu sempre soube de uma coisa, minha vida se resume em palavras e imagens. Oras, então faça Letras, disse a Professor de Literatura. Faça Arquitetura, disse o amigo que sempre elogiou meus desenhos. Faça Publicidade, sugeriu alguma voz que se meteu na conversa. Não, não sei se é isso.

Sempre disse que há uma enorme diferença entre realizar um sonho e ser feliz. Fazer todas essas faculdades seria um enorme sonho, mas não sei se seria felicidade. Talvez eu não me imagine sentada em uma carteira estudando algo para levar pela vida. Talvez minha felicidade não esteja em estudar fotografia, afinal, o prazer dela está em descobrir através de uma lente, não de um livro.

Eu me sinto realmente confusa, essas perguntas sem sido feitas com mais freqüência e, confesso, não ter nunca uma resposta para elas me deixa bastante confusa. Me sinto tão perdida, vejo meus amigos se preparando com tanta certeza, eu estou me preparando, mas não sei para o quê. Isso dói, se sentir sem um objetivo é algo realmente doloroso.

Já fiz tantos testes vocacionais, já respondi questionários e já tirei no ímpar-par, nunca deu resultado certo. As pessoas dizem que isso é normal, ficar em dúvida sobre o futuro, mas quero saber até que ponto é normal. Eu não sei mais, houve uma época que tive muita certeza, não tenho mais certeza nem mais de quem eu sou.
Tenho medo de que meus talvez continuem parando no meio do caminho para serem certezas. Desistir sempre foi um verbo que me assustou, mas ultimamente ele tem me atraído muito. Desistir.

Desistir de todas essas incertezas e correr atrás de algo, viajar pelo mundo ao som de uma boa música. Talvez, seja isso, música.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Sobre o ato de escrever


Dizem que garotas quando começam a escrever, crescem. Trocam a boneca por um bloquinho e um lápis, eu acho essa verdade muito digna. Garotas começam a escrever geralmente após uma grande decepção, às vezes é o amor. Muitas vezes.

Eu não entendo porque diabos é mais fácil escrever para pessoas que nunca vão ler o que escrevemos. Talvez seja vergonha, seja medo, seja irreal. Eu tenho muitas entrelinhas, digamos que tenho medo de que meu muso inspirador leia-as.

Aliás, querido, se você estiver lendo isso, saiba que você devia dar um alt+F4, os segredos aqui sussurrados são demais para você.

Tem muito pseudo-intelectual por aí que escreve meia dúzia de palavras difíceis de entender, escreve poemas com versos mais arcaicos que sei lá o que, mas não tem sentimento. Desculpa, não consigo ler um texto até o final se eu não ver sentimento, desculpa mesmo.

O verdadeiro escritor, na minha humilde opinião, não é aquele que vende um milhão de livros porque é intelectual, o verdadeiro escritor é aquele que se denuncia nas palavras, que consegue denunciar o seu leitor. É aquele que faz o leitor sussurrar “é tão eu” ou “isso que estou passando”. Ou simplesmente faz seu leitor chorar. Faz aquela menina fria chorar ao ler aquele texto de amor, faz ela se desculpar por não conseguir esquecê-lo.

Verdadeiro escritor pra mim é isso.

Mas sou suspeita pra falar sobre, então que se calem os teclados. Fique o silêncio e um leitor tentando entender o ato de escrever.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Confusa, isso resume


Sinceramente, de tanta coisa que já vivi, li, escrevi, senti, não sei mais no que acreditar. Dizem que amor não acaba, mas eu tenho provas de que sim. Dizem que não era amor, mas só eu sei que era. Dizem que quem ama volta, tenho provas que não volta. E aí, eu sinceramente não sei mais. Quero acreditar nos meus sentimentos, mas eles são tão confusos, eles costumam me trair. Não sei mais se dá pra confiar nesse coração aqui, ele bate por outro. Esqueceu de mim.


A verdade é que eu quero que Alguém chegue comigo e me prove o que é e não deve ser. Mas parece que esse Alguém não tá muito afim disso, é complicado.

domingo, 10 de julho de 2011

É bonito ser você mesmo



Nunca fui a preferida em nada. Sério, nunca fui a filha preferida, aluna preferida, amiga preferida, karateca preferida, poeta preferida, prima preferida, eu realmente nunca fui a preferida de ninguém em nada.Nunca quis o comum e nunca me acostumei com a rotina, sempre tive os pés fora do chão, sempre fui muito sonhadora, sempre fui diferente, estranha.

Gosto de música, fotografia, moda, desenhos, livros, culturas alheias, e escrevo. Dá licença, mas é sim possível misturar tantas coisas diferentes numa só pessoa, sou a prova viva disso. Por muito tempo eu escondi meu amor pela moda. Por que? Medo de represálias, de me rotularem. Acontece que isso só me machucou, escondi coisas que me faziam bem, com o tempo, isso me fez uma pessoa extremamente infeliz. Acontece que ultimamente eu deixei isso para trás, tá na hora de ser feliz como eu sou.


Finalmente me aceitei como eu sou, espero que as pessoas me aceitem também, caso contrário, sinto muito, me sinto bem assim, é o suficiente!


É muito bonito ser você mesmo. A gente pode até agüentar fingir por um tempo, pode só sorrir, maldizer coisas que gostamos, mas é só por um tempo. O coração cobra para sermos felizes da nossa maneira. Ele cobra que sejamos nós mesmos, sem mascaras. Ele cobra para rirmos de verdade, cobra para gritar ao mundo o que nos faz feliz.


A gente pode enganar o mundo inteiro, mas não engana nosso coração. E adivinha quem te mantém viva?

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Novos ares

É preciso. Cheguei em um momento da minha vida que disse para mim mesma "Preciso sair daqui". É o que estou fazendo, sei que muitos acham que isso é loucura, mas a rotina me cansa, me tortura. Não nasci para viver presa, sei que isso é só uma viagem como mochileira, mas é a minha primeira fora do Estado, peço que não me culpem. Preciso de novos ares, quebrar a rotina, ser realmente feliz, eu odeio essa história de só sorrir, de só existir.
Volto em breve, espero que inteira. Para quem fica, boa férias, ótimos dias e sejam felizes.

Queridos leitores imaginários, vou ficar uns dias sem atualizar, é, vou bancar a mochileira. Volto viva e com muita inspiração. Abraços, porque essa história de "beijos" é muito gay.

domingo, 19 de junho de 2011

Mudar


Hoje eu acordei com aquela vontade de mudar. Não sei pra onde, mas de uma coisa eu tenho certeza, preciso mudar! Não é só aquela vontade de mudar a cor do cabelo e o guarda-roupa, é também, mas vai além. Não sei não, mas eu sinceramente não me agüento mais. Vai entender esse sentimento, mas é tão forte, mais forte que eu.
Ainda dói, afinal, quando é verdadeiro, dói. Mas dá licença, eu preciso sair dessa fossa, preciso viver, cansei dessa história de só existir.

 Aproveitando que amanhã é segunda mesmo, um ótimo dia para começos.
 Que se preparem, quando as cortinhas abrirem novamente, nova garota sairá.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Como lidar com finais

Não sei muito bem como começar a falar disso, é complicado.

A maioria de nós já entra colocando prazo de validade em um relacionamento e fazendo as famosas promessas de que quando acabar, não vai derramar uma lágrima, vai ficar tudo bem e agradecer pelo o que durou. Quer uma verdade? Essas promessas não são cumpridas.
Tudo tem um fim, é inevitável. Mas e quando esse fim chega antes mesmo de começar? Eu sei que isso pode não estar fazendo sentido para você, mas acredita, para algumas pessoas está fazendo muito. Talvez amanhã ou depois faça para você. Digo por experiência própria, agora faz sentido pra mim.


Isso não é um texto de “faça isso, faça aquilo” porque isso, minha querida ou querido, só o seu coração pode mandar, ou cérebro, dependendo qual você obedece, talvez seja um texto de dicas, ou um texto de desabafo, você vai decidir isso.


Sabe aquele papo de que o tempo cura tudo? Mentira, o tempo não cura nada, ele só desloca a dor do centro das atenções. Quer uma prova disso? Um ano depois uma cicatriz pode “abrir” e você voltar a chorar. A verdade? A ferida nunca foi nem fechada, porque se era amor de verdade, não acaba, esquece, mas depois volta. 


O bom a se fazer então é dar um jeito de deslocar a dor do centro das atenções. Não, não vá sair por aí ficando com todo mundo porque você provavelmente vai se arrepender, e acredite, jogada em uma cama comendo chocolate e ouvindo músicas deprês, também não ajuda muito. Claro que se você quiser fazer isso um pouco, é até bom, mas todo dia não dá. 


Uma vez li uma frase muito legal que dizia: A vida continua, com ou sem você. Novidade legal, né? Shakespeare já disse que a vida não pára para você consertar seu coração, não importa como ele está. O melhor a fazer é procurar esquecer, ou tentar pelo menos, procure um novo hobby e saia com as amigas. Vá a praças, parques, se divirtam juntas e com responsabilidade. E no quesito hobby, procure pesquisar mais sobre algo que goste, eu, por exemplo, para me livrar de tudo isso, me vi escrevendo e me apaixonando pela fotografia. A gente esquece um pouco e com o tempo, “some”. 


E aquela história de não chorar, esqueça. Chore o quanto quiser, isso alivia e muito, não é fraqueza chorar.

E lembre-se sempre, você é especial. Não se deixe dominar pela dor ou tristeza. Sorrir não dói.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Medo


O medo é coisa essencial, mas temos que ver até que ponto o medo nos guia e mede nossa vida. Não vejo problema quando o medo nos impede de fazer algo ruim, mas quando ele leva nossa vida, temos que pensar nisso. O medo já me impediu de pular de uma ponte e acabar com a minha vida, mas ele também me prejudicou. O medo fez com que eu perdesse o amor. Simples assim, o medo de me declarar e sofrer, o medo de ser rejeitada, me fez calar. Só que nessa vida, se você não faz, tenha certeza, alguém o fará e roubará sua chance. Assim aconteceu comigo, ela era uma grande amiga e uma das poucas que sabia do meu amor. E aí? Não posso ficar me lamentando, ela foi inteligente e correu atrás, ela também o amava. Confesso, doeu muito de inicio e fiz besteiras incalculáveis ao descobrir, mas tá passando. Não vou dizer que por um simples raio, iluminei minha vida e passou. Não, não passou, ainda dói, mas vou me acostumar, vou seguir em gente.

Quem sabe na próxima esquina eu possa encontrar outro alguém, quem sabe alguém que me faça rir mais. De uma coisa eu tenho certeza, não ia ser numa ponte ou em uma lâmina que ia resolver tudo.