terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Liberdade


Eu entrei novamente naquela sala onde tudo começou, silenciei e calmamente fiz uma oração. Pedi que tudo desse certo e que fosse feita a vontade dAquele que me rege, mas tudo foi mascarado. No fundo do meu coração, apenas eu e Ele sabíamos que a minha vontade não era essa, era que você viesse, me tomasse pelas mãos e pronto. Tudo mágico.

Vi os minutos se passarem, a cada passo dado do lado de fora meu coração batia mais forte, mas nenhum deles era você. Como consegui confundir a música dos teus passos com o barulho das pisadas de outros? Eu soube a resposta na hora, mas preferi omiti-la. Assim como prefiro mantê-la guardada agora também. Talvez você esteja se tornando apenas mais um. É difícil esquecer um amor, sabia?

O silêncio, que sempre fora meu amigo, agora me torturava. Prendia-me em meus pensamentos, em esperanças de que você abrisse a porta a qualquer momento. Mas a porta não se abriu, você não veio. Doeu como havia de doer, como estava determinado para doer, mas muito menos do que eu imaginava. Percebi que ali, no mesmo lugar onde tudo comeaçou, um ano depois, tudo estava finalmente acabado. Fui embora deixando todos os nós que me prendiam, doeu tanto, mas agora finalmente me sinto livre.

Meu bem, agora você é apenas mais um texto na minha gaveta. Esse é o fim de verdade, não a porta fechada aparentemente para sempre.  Você é apenas lembrança marcada em papel, uma lembrança muito bonita, de um passado mais lindo ainda. Mas, meu bem, não importa o quanto sejas bonito, há um bom motivo para seres apenas passado. Há vários, na verdade, mas vamos terminar assim. Felizes para sempre, cada um do seu jeito e do seu lado.

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