terça-feira, 30 de agosto de 2011

Quase mulher maravilha

Era uma vez uma quase mulher maravilha. Ela vestia uma armadura e todos acreditavam que ela era a mais forte e feliz de todas as pessoas, servia de exemplos para todos, quando alguém estava mal era a ela que recorria, sempre lhe diziam coisas do tipo "Você é perfeita e a mais forte. Admiro-te!". E com o passar do tempo ela também acreditou nisso.

Um dia nublado ao passar por um alguém ela sentiu frio, borboletas no estômago e uma sensação estranha indescritível. Ela estava apaixonada. Pobre menina! Não podia correr atrás de ninguém para pedir ajuda tudo isso por orgulho. Não podia deixar aparecer uma imagem fraca aos olhos dos amigos, não podia ser quem mais precisava. Ninguém notou. Ninguém notou até que precisaram, aquela velha loba conselheira não estava mais ali, ela havia dado lugar a uma menina frágil e apaixonada. Passou a dar outros conselhos, passou a parecer fraca. Só estava apaixonada.

Andava de cabeça baixa como se fosse culpada de um crime. Procurava respostas, mas não encontrava. Procurava meios de sair, mas não achava nenhum atalho. Procurava amigos, mas já não tinha tantos, somente alguns que lhe davam conselhos que ela mesma já havia cansado de se dar em frente ao espelho. Coitada da menina!

O pior nisso tudo é quando vemos a pessoa amada todo santo dia. Maldita escola! Andava pelos corredores  e sentia seu coração se quebrar ao se aproximar da sala proibida.

Um dia ela resolveu por fim a tudo isso. Não, não ela não pensou em se suicidar. Como sempre foi chamada de Mulher maravilha achou que talvez, só talvez, pudesse sair voando e ir para bem longe, onde não havia escuridão, pensou em raptá-lo talvez, não daria certo. Preferia que ele fosse por conta própria.

Resolveu que iria sozinha. Não, ela não saiu voando e encontrou um lugar maravilhoso onde nunca havia escuridão ou talvez tenha encontrado. Ela procurou dentro de si mesma a força e disse a aquele menino as palavras proibidas.

- Eu te amo! Amo como nunca amei ninguém.

Em seguida ele pronunciou as palavras que ela jamais queria ouvir. Ele disse que não. De tudo pior que ele podia dizer, não era o pior.

Ela procurou mais ainda e achou a única pessoa que podia lhe fazer feliz. Ela mesma!

E ela foi feliz para sempre!

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